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Ensino da Técnica Esportiva nos Esportes Coletivos

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Técnica Esportiva nos Esportes Coletivos: Pedagogia dos Esportes

Vamos falar sobre Técnica Esportiva nos esportes coletivos. Afinal, o que é Técnica Esportiva? Existe técnica esportiva perfeita? É mais importante a forma de execução ou o resultado final? O que influencia a execução da técnica esportiva?

O que é Técnica Esportiva?

A técnica esportiva é o “como fazer” determinado movimento em determinado esporte. Também podemos dizer que a técnica esportiva é uma “habilidade motora” utilizada dentro de um esporte, para realizar um movimento específico daquele esporte, ou seja, uma “habilidade motora específica”.

Uma técnica esportiva, sofre influência do meio que ela é realizada, como as regras de determinada modalidade esportiva e das ações de seus companheiros e adversários.

Por exemplo, no Basquete, a técnica de arremesso, deve levar em conta as regras do Basquete, a movimentação dos seus companheiros e a ação defensiva dos seus adversários.

Habilidade Motora Específica

Como vimos, Técnica esportiva é uma habilidade motora específica, ou seja, uma habilidade motora desenvolvida e usada no contexto de um jogo, para atingir um objetivo.

Diante disso, Daolio e Velozo (2008) apontam que a técnica é uma construção cultural, pois faz parte da cultura corporal de movimento, é capaz de ser produzida e reproduzida de acordo com ambientes diferentes, é pautada em ideologias, segue uma tradição, sofre com processos de modernização e, muitas vezes, acaba se tornando universal.

Princípios da Técnica Esportiva ideal

Uma técnica esportiva ideal deve ter como princípio ter o menor gasto energético possível e a maior eficácia.

Por exemplo, num jogo de Voleibol, uma ataque de segunda bola (segundo toque da equipe), pode levar a equipe a ter menos desgaste energético, pois requer menos força para ser realizado, se baseia num ataque surpresa, porém, há o risco de menor eficácia, pois não é fácil encontrar o momento certo para atacar de segunda bola.

Podemos dizer que, a técnica esportiva ideal é a que consegue o melhor equilíbrio, melhor custo-benefício, entre menor gasto energético e a ação maís eficaz, porém, não é possível chegar a esse equilíbrio sem levar em conta o contexto do jogo.

Mudança na Técnica Esportiva

Visto que a técnica esportiva é utilizada para atingir um objetivo no jogo desportivo, com menor gasto calórico e maior eficácia, é importante sabermos quais situações podem levar a técnica esportiva a ser ajustada, ou seja, modificada.

Há três critérios básicos para ajustar (mudar) a técnica esportiva: risco de lesão; melhora da eficiência do gesto ou por questão estética.

Caso um técnica esportiva apresente risco de lesionar o praticante, é importantíssimo que essa situação seja identificada e que essa técnica seja alterada.

Também muito comum que, conforme um praticante vá se desenvolvendo em determinado esporte, que o professor ou o próprio praticante perceba a necessidade de mudar uma técnica para conseguir maior eficácia técnica ou eficiência energética.

Já a mudança na técnica por razões estética, é opcional e subjetiva, ou seja, se um determinado gesto técnico desportivo é visto como “mais bonito” quando executado de determinada maneira, o praticante ou o professor podem tentar mudar esse gesto técnico para acalçar o padrão estético “mais bonito”.

O Ensino da Técnica Esportiva

Sabermos que chutar, passar e conduzir a bola no Futebol, não garante que essas técnicas serão usadas de forma adequada durante um jogo de Futebol, sem levar em conta todas as variáveis de um jogo de Futebol.

O ensino da técnica esportiva possui duas vertentes básicas: o modelo pedagógico tecnicista e o modelo pedagógico baseado no jogo.

Ensino da Técnica Esportiva

O Modelo Tecnicista

O modelo tecnicista de ensino-aprendizagem dos esportes coletivos é um modelo centrado na técnica, ou seja, se ensina a técnica esportiva isolada e, após a aprendizagem da técnica, se progride para a prática da técnica no jogo em si.

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O maior exemplo de metodologia tecnicista é o método parcial ou analítico.

Modelo baseado no Jogo

A metodologia de ensino-aprendizagem da técnica esportiva no contexto do jogo, surge para se contrapor ao modelo tecnicista, pois entende que a técnica esportiva não deve ser ensinada de maneira isolada, mas dentro do contexto de imprevisibilidade e de interação com a bola, os companheiros e os adversário de um jogo coletivo.

Existe algumas metodologias baseadas no contexto do jogo, como o método global, o método dos jogos condicionados e o método dos jogos situacionais.

O Ensino da Técnica Esportiva na Escola

É importante ressaltar que, numa aula de Educação Física escolar, todas as questões que envolvem um determinado tema, devem ser conteúdo das aulas de Educação Física, não apenas a realização de gestos motores.

Métodos de Ensino dos Esportes Coletivos

Método Parcial ou Analítico

O método parcial ou analítico é uma metodologia tecnicista. Nesta metodologia considera-se que aprender a técnica é a melhor forma para resolver um problema em um jogo.

Segundo Garganta (2002), nessa abordagem onde o gesto técnico é privilegiado, a abordagem do jogo é retardada até que as habilidades alcancem o rendimento desejado.

Ao ensinar Futsal com o método parcial, primeiro será ensinado as técnicas do Futsal, depois que se alcance a aprendizagem isolada das técnicas, parte-se para o jogo em si.

Método Global

O método global para da totalidade do jogo coletivo, ou seja, fundamenta-se no aprender jogando. Parte-se do jogo pré-desportivo, ou seja, o jogo com apenas algumas regras básicas, e depois vai progredindo para o jogo esportivo em sua totalidade.

No método global, alguns autores Reis (1994); Greco (1998); López (2002), insistem na importância da figura, da forma, da configuração, da organização da experiência que está sempre estruturada na ideia do todo indissociável. Nessa concepção, trata-se de perceber os estímulos, não como a soma das partes, mas como um conjunto organizado. O ponto de partida é a equipe, que aprende a jogar através do deixar jogar.

Metodologia dos Jogos Condicionados

Na metodologia dos jogos condicionados, o esporte coletivo é dividido em unidade funcionais, ou seja, criasse jogos com problemas que podem acontecer durante um jogo e que devem ser resolvidos pelos jogadores.

Por exemplo, no Futsal, para estimular a aprendizagem da técnica “passe”, criasse um jogo com duas equipes, utilizando a quadra de Futsal, a bola de Futsal, mas onde os jogares só podem dar dois toques na bola, quando se uma equipe consegue roubar a bola, deve seguir a mesma regra.

Perceba que na metodologia dos jogos condicionados, a aprendizagem da técnica está relacionada ao entendimento tático do jogo, visto que o jogador só pode desenvolver uma técnica que pode ser usado no contexto daquele jogo.

Knijnik (2004) utiliza o termo “jogar para aprender” para caracterizar este método de ensino. Ele afirma que os fundamentos técnicos só existem se forem utilizados e ensinados no contexto do jogo. O ensino do gesto técnico não pode ser o fim de um processo, mas sim um artifício que o praticante tem para conseguir o objetivo final, que é jogar.

Metodologia dos Jogos Situacionais

O método dos jogos situacionais trabalha com a criação de estruturas funcionais, que são situações-problemas que o jogador pode encontrar no jogo real.

Segundo Greco (1998: 59) o desenvolvimento da capacidade de jogo é reforçada na praticidade de situações tipicamente comuns ao próprio jogo sempre surgindo durante a partida. Procurando incorporar o desenvolvimento de processos cognitivos relacionados à compreensão das táticas de jogo compondo de jogadas básicas originadas da situação de jogo como, por exemplo, através desse método podem-se aprender aspectos táticos como a finta, a antecipação do passe, o sair da marcação, driblar protegendo a bola.

Segundo Greco (1998) essa metodologia apresenta algumas variações como:

  • Quanto aos jogadores – aumentando ou diminuindo o número
  • Quanto ao espaço – aumentando ou diminuindo o mesmo
  • Quanto à forma de definição de jogo;

Mais sobre Pedagogia dos Esportes

Fontes:

http://congressos.cbce.org.br/index.php/conece/3conece/paper/viewFile/2454/942

https://cefd.ufes.br/sites/cefd.ufes.br/files/field/anexo/Pedro%20Neto%20-%20AN%C3%81LISE%20DE%20DOIS%20DIFERENTES%20M%C3%89TODOS%20PARA%20O%20ENSINO%20-%20TERINO%20DO%20FUTEBOL.pdf

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